A cada dia, as crianças fecham-se mais, levando uma vida solitária. Vivem em seus quartos, em seus cantos, com seus tablets, computadores, televisores a ponto de se ausentarem das relações interpessoais e das brincadeiras criativas. Com isso, acabam de certa forma, trocando relações com “pessoas” por jogos e computadores.
Essa situação, é preocupante devido a forma de como as famílias e seus filhos estão vivenciando essa nova era. A cada dia vemos crianças, muitas vezes sem ânimo e que, ao chegarem à escola, enfrentam dificuldades para relacionar-se com seus amigos. Não porque não queiram aproximar-se, em verdade, não sabem como fazer isso.
As crianças, na maior parte das vezes, passam horas jogando vide game, fazem lição, vão para a escola, voltam à noite, jogam mais um pouco, assistem à televisão e vão dormir. Passam a infância praticamente ligadas no automático. Cadê os pais para controlar isso?
Não há tempo para ir à rua, pois, na fala dos pais, “é perigoso” e realmente nos dias de hoje é perigoso mesmo. Tampouco as crianças têm a possibilidade e as condições para construir seus próprios brinquedos. A maioria deles já se compra pronto, é de controle remoto, o que causa desinteresse em curto espaço de tempo.
Onde foi parar aquelas crianças que chegavam em casa suadas de tanto brincar, com joelho ralado, roupas sujas e rasgadas? Não sabem nem subir em uma arvore, não sabe o que é ter o tampão do dedo arrancado por errar a bola e chutar o chão.
As crianças não conhecem outra realidade, cadê as menininhas que brincavam de casinha, boneca, que faziam comidinhas? Cadê a inocências delas?
Muitos pais incentivam os filhos a dançarem imoralmente e acham lindos. Veste a filha como um adulto, mini saia, maquiagem, salto alto, faz se portar como um adulto, tirando a infância da criança. Isso prejudica, e muito o futuro da criança. Deixe a criança ter sua idade de criança, brincar como criança, agir como criança, pois a cada ano é uma etapa nova da vida, não vamos antecipa-la.
Cabe aos pais apresentarem o mundo aos seus filhos, principalmente o que lhes poderá fazer bem. A criança sozinha não consegue saber o que é melhor para si mesma, então aproveite o tempo com elas, ensine-as a fazer brinquedo, jogar bola, brincar de pega-pega, esconde-esconde, ensine-as a serem crianças.
Sabemos que não podemos privar nossas crianças da tecnologia, precisamos inseri-las no mundo moderno, mas sem esquecer as coisas simples da vida! Precisamos controlar e equilibrar tudo isso. Faz bem a criança se sujar, rolar na terra, cair de bicicleta, ser moleque!
Não sou contra a tecnologia, ela é importante, só coloco aqui que nós, os pais, estamos esquecendo-se de ensinar o valor das coisas simples e pequenas. Vejo pais dando o próprio celular a seu filho apenas para vê-lo quieto, para não "encher". Vejo pais esquecendo-se de brincar com os seus filhos, esquecendo-se de deixá-los agirem como crianças!
E os “cultinhos” em casa? Alguns pais ainda fazem “cultinhos” com seus filhos? Chame eles para fazer, deixe eles presidirem, orarem, pregarem. Quantas obras ouvimos de que uma criança pregou para os pais a libertação deles. Quanto tempo não ouvimos obras como essa. Porque? Vivem conectados.
Controle o horário de seus filhos, controle o horário de ir para cama dormir, de ver televisão, de estudar, marque um tempo para “família”, converse com eles, pedem ajuda deles nos afazeres de casa, sejam amigos deles.
As crianças devem saber que os pais são seus melhores amigos, que podem confiar neles, sendo assim qualquer dúvida que eles tiverem vão procurar os pais. Se os pais não forem amigos, eles iram procurar “amigos de fora” para fazer perguntas, tirar dúvidas e isso não é bom.
Que Deus nos de sabedoria para cuidarmos e educarmos nossos filhos...